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Conheça a arte de se reinventar, venha viver Yoga!

O ArteYoga pretende facilitar o processo da manifestação do potencial criativo, daquele que busca a transformação e a integração de si mesmo. Dessa forma, oferece a você um programa personalizado, que visa proporcionar uma prática de yoga adequada ao seu biótipo, segundo a visão Ayurveda, para que você disponha de mais autoconhecimento, bem-estar físico, mental e emocional.

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Direitos animais


Animais tem direitos? A resposta a essa pergunta dependerá do que entendemos por “Direito”.
Se nosso entendimento for o de “Direito Animal”, ou seja, o conjunto de legislações criadas pelo ser humano para estabelecer princípios e regras para estabelecer de que forma devemos tratar os animais (direito positivo), certamente concluiremos que animais não tem direitos, pelo menos não nos mesmos termos em que seres humanos tem direitos. Isso porque em nenhum lugar do mundo a legislação expressamente afirma que animais não são propriedades ou que jamais devem ser explorados.
No entanto, se tomarmos por modelo o conceito de “Direitos Animais” ou “Direitos dos Animais”, ou seja, o direito natural, correto e justo, que diz que todo animal deve gozar à vida e à liberdade, independente do que diga a sociedade e sua legislação, concluímos que sim, animais tem direitos.
Animais tem direitos mesmo que as leis permitam sua exploração porque as leis humanas estão sujeitas aos interesses do legislador. As leis estão sujeitas ao espírito do tempo, à moral da época, aos limites geográficos, à cultura de cada povo e ao seu prazo de vigência. Isso resulta que o que muitas vezes está na lei contraria o que parece ser razoável ou justo. Conclui-se então que muitas vezes a legislação não goza de legitimidade. Como diziam os romanos “non omne quod licet honestum est” (nem tudo o que é legal é honesto).
Animais devem gozar de direitos universais, embora nenhuma sociedade humana assim o reconheça. Esse é um direito que deve ser amplamente difundido e reconhecido, contrapondo relativismos culturais e concepções religiosas.
Em que se baseiam os Direitos Animais?
Seres humanos e animais possuem interesses básicos semelhantes que podem ser sintetizados nas idéias de preservação da própria vida, de sua integridade física e de sua liberdade. A maioria dos animais, tal como os humanos, são capazes de sentir dor, medo, frustração, fome... e da mesma forma que consideramos imoral causar dor, medo, frustração ou fome a um ser humano, assim devemos considerar em relação aos animais. É claro que humanos e outros animais são diferentes, e as espécies animais são diferentes entre si, mas estas diferenças não devem ser levadas em consideração no que diz respeito a esses direitos básicos.
Negar aos animais direitos básicos é questionar a validade de certos direitos ao próprio ser humano, porque todo argumento que se contrapõe à concessão de direitos aos animais pode ser também aplicada aos homens. Por exemplo, diz-se que devemos respeitar todos os seres humanos porque devemos respeitar nossos semelhantes; por outro lado, animais não são nossos semelhantes, logo, facultamos a obrigação de respeitá-los, ou respeitamo-os da forma que julgamos melhor. Se atualmente podemos explorar animais porque eles são diferentes de nós, esta mesma argumentação poderia (e em verdade o foi, no passado) ser utilizada para explor ar o ser humano. Homens se apresentam em uma variedade de formatos e tamanhos, cores, habilidades intelectuais, nível social, há homens considerados inválidos, homens que falam outras línguas, homens com limitações físicas... Quem são realmente nossos semelhantes?
Se os direitos humanos estivessem apoiados nas semelhanças entre os homens, seria difícil fundamentá-lo, e muitos seres humanos poderiam ter seus direitos negligenciados. Se o que nos torna sujeitos de direito é uma alma, nossa crença em Deus, nossa linguagem, nossa auto-consciência ou nossa inteligência, certamente muitos seres humanos não poderão gozar de direitos por professarem outras religiões ou por simplesmente serem ateus, por não falarem ou por possuírem limitações que não lhes permitam terem auto-consciência ou serem inteligentes.
Por outro lado, não podemos afirmar categoricamente que animais não concebem a existência de divindades, ou que eles não possuem alma, até porque esse é um conceito empírico que não pode ser mensurado. Animais possuem sua própria linguagem, possuem muitas vezes maior capacidade intelectual que muitos seres humanos e dão demonstrações de auto-consciência.
Apesar de todas as diferenças existentes entre os seres humanos, reconhecemos que todos tem em comum os sentimentos, a vontade de preservar suas vidas, integridade física e liberdade. O mesmo podemos dizer dos animais.
A senciência
Dizemos que todo ser que possua um sistema nervoso minimamente organizado é capaz de perceber o ambiente à sua volta. Essa percepção torna sua existência possível. Sem a percepção do ambiente os animais não buscariam seu próprio alimento, não evitariam os perigos nem se organizariam em sociedades.
A sensação da dor nos animais evoluiu como um mecanismo importante para sua sobrevivência; sem ela os animais se exporiam aos seus predadores, ao invés de fugir deles. Logo, sabemos que, à semelhança do ser humano, animais de fato experimentam sensações desagradáveis e tendem a evitá-las. Se tais sensações de fato existem, não parece justo proporcioná-las.
De igual maneira, se animais evoluíram para viver de determinada maneira, seguindo seus próprios instintos. Forçá-los a viver de maneira contrária à sua própria natureza é, em si, causa de sofrimento. Por esse motivo o próprio confinamento do animal, sua submissão ao trabalho ou a alteração de seu modo de vida são contrários aos seus direitos.
A senciência, ou seja, a capacidade de sentir, é o que diferencia a maioria dos animais dos vegetais e dos minerais. Por esse motivo falamos em direitos animais mas não falamos em direitos vegetais e direitos minerais. Animais, como os seres humanos, são criaturas sencientes, e da mesma forma que temos obrigações morais para com um, temos para com outro.
Consideração de interesses
Com base no conceito de senciência entendemos que animais possuem seus próprios interesses, sendo que os principais deles são: Continuarem vivos, evitarem sensações desagradáveis e viverem de acordo com sua natureza. Contrários a esses interesses são o abate de animais, seu aprisionamento e sua submissão a atividades contrárias à sua natureza.
Animais não existem para satisfazer aos interesses humanos e não podem ser considerados propriedades humanas. Qualquer idéia que contrarie os interesses dos animais, ou seja, que os reconheça como propriedade ou como meios para nossos fins, é contrária aos Direitos Animais.
Bem-estarismo e exploração animal
A principal força opositora aos direitos animais encontra-se no movimento de bem-estar animal. Embora esse movimento carregue “bem-estar animal” no nome, bem como uma retórica elaborada de modo a aparentemente promover os interesses dos animais e o humanitarismo, esse movimento se caracteriza pelo especismo e utilitarismo e tem como propósito implementar formas mais eficientes de exploração animal e não seu fim. Não, é, portanto, um movimento que se preocupa em preservar os interesses dos animais, mas sim na continuidade de sua exploração.
A maior parte dos movimentos e indivíduos que dizem promover os direitos animais e o vegetarianismo em verdade promovem o movimento de bem-estar animal, não sendo os interesses dos animais sua prioridade, mas sim sua exploração institucionalizada e sistemática.
Dessa forma, de acordo com o movimento bem-estarista, o erro não está em matar animais para comer, mas sim na forma como esses animais são criados e mortos; o erro não está em utilizá-los em experimentos científicos, mas na forma como eles são mantidos em laboratórios e utilizados nos experimentos; o erro não está em domesticá-los para fazê-los trabalhar, mas em submetê-los a horas excessivas de trabalho.
Não é obviamente um movimento que atende aos interesses dos animais, mas sim aos interesses daqueles que os exploram, pois essas pequenas modificações de processo apenas tornam a exploração animal algo mais aceitável pela sociedade. Além disso, produtos advindos dessas outras formas de exploração tendem a ser mais valorizados e o que pode parecer maior custo é na verdade investimento.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012


10 anos de Aliança do Yoga
Informando, apoiando e ajudando os
instrutores de Yoga a se desenvolverem.
Por Anderson Allegro

Há dez anos nascia a Aliança do Yoga. Em 22 de junho de
2002 instrutores de Yoga, preocupados com o rumo que
essa filosofia estava tomando no cenário político brasileiro,
decidiram criar uma instituição para defender o Yoga e o livre
ensino dessa prática. Naquela época o ensino do Yoga estava
sendo ameaçado pelos conselhos de Educação Física e por
projetos de lei que pretendiam legalizar e fiscalizar os instrutores.
Os Conselhos de Educação Física (CREFs) queriam que apenas
profissionais da Educação Física ensinassem o Yoga, mesmo
sem terem nenhuma formação específica. Não tinham noção
da profundidade que existe nessa disciplina e a confundiam
com exercícios físicos. Por outro lado, instrutores de Yoga
preocupados com os ataques dos CREFs, propuseram um
projeto de regulamentação do Yoga que teria conselhos
fiscalizadores dos profissionais de Yoga, aos modos dos CREFs.
Isso poderia ter sido a porta de entrada para aqueles que
desejavam manipular o mercado do Yoga a seu favor.
Nesse cenário surgiu a Aliança do Yoga, com a firme posição
de que, para resolver um problema (os CREFs) não deveríamos
criar outros (a regulamentação do Yoga). Acreditávamos
que era necessário lidar com os CREFs ao invés de criar uma
regulamentação que, entre outras coisas, não impediria que os
conselhos de Educação Física nos prejudicassem. Se o projeto
de Lei de regulamentação do Yoga tivesse sido aprovado, hoje
viveríamos uma situação onde todos os instrutores teriam que
estar filiados aos conselhos de Yoga e rezar segundo a cartilha
desses órgãos. Um conselho determina o que um grupo de
profissionais pode ou não fazer. Por exemplo, se um conselho de
Yoga determinasse que os instrutores não deveriam usar mantras
em suas aulas por terem conotação religiosa, todos os instrutores
teriam que deixar essa técnica de lado, ou correrem o risco de
serem denunciados e até presos.
Como contrapartida, a Aliança decidiu não apoiar a
regulamentação do Yoga e dar força para um projeto de Lei
que explicitava que o Yoga não fazia parte da Educação Física,
pois é uma filosofia e não uma prática física. Trabalhamos em
conjunto com o Colegiado de Yoga Dharmaparishad e outras
instituições de Yoga e um dos pontos altos dessa ação foi
a audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília,
em junho de 2003. Nesse momento importante e definitivo
para a liberdade do yoga a Aliança organizou e contou com
a participação de mais de 50 instrutores de Yoga, vindos de
todas as partes do país para essa audiência, que aconteceu
em Brasília, esclarecendo os senadores e mostrando as
diferenças gritantes entre o Yoga e a Educação Física.
Cenário atual
Hoje, o cenário é bem mais tranquilo. Os projetos de Lei
continuam em andamento em Brasília e a Aliança está de
olho em tudo o que acontece por lá. Além disso, temos nos
dedicado a orientar os instrutores de Yoga. Na justiça, os
processos que envolviam os CREFs e o Yoga tiveram sentenças
favoráveis ao Yoga. Os juízes entendem que os CREFs não
devem exigir filiação ou tentar fiscalizar os instrutores de Yoga,
pois o Yoga não é Educação Física. Este ano foi feito um parecer
jurídico que analisa as relações entre os profissionais de Yoga
e os Conselhos de Educação Física. Esse parecer, preparado
por nossas advogadas, nos mostra que o instrutor de Yoga não
tem nenhuma relação como os Conselhos de Educação Física
e não deve, nem pode registrar-se neles. De acordo com tais
conclusões, a advogada Maria Leticia Trivelli (OAB/SP 77.682)
concluiu que “o profissional de Yoga pode continuar exercendo
livremente o seu ofício sem a necessidade de filiação a nenhum
órgão.” Esse parecer foi enviado a todos os nossos associados
em fevereiro.
Além dessas conquistas, a Aliança do Yoga continua registrando
instrutores e cursos para formação. Com isso ajudamos os
praticantes na hora de escolher um instrutor ou escola de Yoga.
Aqueles que são registrados na Aliança comprovam que tem
condições de dar aulas de Yoga e seus alunos e futuros alunos
sentem mais confiança em suas práticas. O sistema que criamos
nas bases de auto-regulamentação permite que o ensino de
Yoga se organize a partir dos próprios instrutores e não seja
imposto pelo governo ou outros órgãos.